domingo, 16 de novembro de 2008

Meu amor, era de noite!!

E em meia dúzia de páginas de um livro do qual não esperava encontrei sábias palavras capazes de resumir ideias que poderiam dar volumes de uma colecção sobre o que é ser humano.
Partilho aqui alguns parágrafos que roubo, entre aspas, a Vasco Graça Moura.
"Mas há pessoas que dizem querer sempre mais e mais e acabam a reduzir-se ao mínimo por iniciativa própria. Com isso destroem tudo: o que mais que quereriam, o mais que nunca chegam a ter, o menos em que resvalam e a sinceridade que aparentavam."
"Há pessoas que garantem solenemente uma coisa e fazem outra, a poucos dias de distância, fabricando de modo articifial um simulacro de espaço moral e uma hipótese de esquecimento, tudo em nome de uma dignidade mal-entendida. Talvez essas pessoas tenham medo da solidão e prefiram hipotecar ao futuro, contabilizando o presente desde já."
"A primeira saudade é a de um bem-estar fulgurante e tranquilo, de uma sensação que inunda a alma e corpo por dentro e que nos leva a sentir que nada está fora do seu lugar, que se está certo nesse lugar e certo na relação de um com o outro, que tudo é musical e luminoso, que a harmonia está numa compreensão íntima a vir de uma tensão permanente de ternura, inteligência, sensibilidade e desejo."
Agora deixo um desafio aos mais hábeis e corajosos: qual é a segunda saudade?

3 comentários:

menina de porcelana disse...

não sei se é a segunda, mas sei que há uma saudade que dói. uma saudade que faz sentir que "tudo está fora do seu lugar"... uma saudade de insatisfação, chapadas e feridas, porque sabemos que as coisas e as pessoas não voltam, pelo menos não como queríamos que voltassem...

(habilidade só para algumas coisas. de resto sou uma medricas. :P mas vou re-pensar no desafio. :*)

Anónimo disse...

Saudades de mim mesma

actias luna disse...

saudades do que não chegou a acontecer...