sábado, 17 de outubro de 2009

Boîte aux lettres!

Fico lixada… pelo facto da culpa de coisas que não correm bem ser dos outros…
os únicos responsáveis das coisas deviam ser os envolvidos…
mas não…
…é a distancia, são as pessoas que dizem coisas, é o trabalho e os amigos que são os mesmos…
e por ai fora!
Tretas!
Parece que as pessoas, hoje em dia, não pensam sozinhas sobre as coisas…
e mais, parece que são robots que não sentem!
É a merda!

domingo, 11 de outubro de 2009

Ódio às escolas...

Ando a ler um livro de Pedro Paixão. Encontrei um texto que quero partilhar com quem não teve ainda a oportunidade de com Pedro se cruzar...
"Uma criança quando entra na escola perde para sempre algo maravilhoso. O pequeno deus selvagem que a habita é abafado. Celebra-se a entrada no inferno do mundo. A imposta distância a quem ama loucamente é um primeiro abandono imperdoável ao qual se seguirão na vida outros, como ecos. Ao aprender a escrever perde-se uma natural vivacidade no falar porque a gramática é uma prisão cheia de erros e castigos. A criança começa a ser talhada, retalhada, para poder encaixar num buraco qualquer de uma sociedade indispensável. Eu sei que viver na pura alegria de uma criança é pedir demasiado. Eu sei que pedir para viver é demasiado. (...)Na universidade as coisas parecem ir melhor porque já se está perfeitamente domesticado. É preciso escolher um curso determinado pelo acaso e passar de ano para ano como quem sobe uma escada para o calaboiço. É no emprego que nos tiram de vez a cabeça, um resto de independência, a capacidade de uma qualquer alegria. Os colegas são o inferno da idade adulta. Claro que isto tudo é indipensável e não compreende as crianças a sucumbir de fome e sede. (...)Os sonhadores ficam obrigatoriamente desempregados e acabam mal. Está escrito com sabedoria divina que o reino dos céus pertence aos simples de espírito. Com a educação tecnológica acima de tudo alastra uma terrível cegueira e a bondade não se ensina."
O Mundo é tudo o que acontece...Este é o título de um livro fantástico, mas é também aquilo que nos cirscunscreve à nossa existência. No meu mundo acontecem tantas coisas...no mundo de todos nós... E mais, nem sempre aquilo que nos acontece, é aquilo pelo qual esperávamos. Quantas vezes achamos que temos a nossa vida "controlada", perfeitamente planeada e arrumada, como se de gavetas de armários se tratasse. Nunca, ou quase nunca, as coisas estão arrumadas nas gavetas mais do que, por uns breves instantes. E depois? Depois, quando nos apercebemos que nada está como deixámos, vem a tristeza, depois a interrogação, mas porquê, a seguir a desilusão e mais tarde, antes mesmo de uma nova arrumação, vem o conformismo...ou então não! Eu conformo-me com alguma facilidade e rapidamente questiono tudo o que está nas gavetas e as remexo. Nunca encontro nenhuma resposta, apenas uma nova forma, tão válida quanto a anterior, para as voltar a organizar.