quinta-feira, 23 de abril de 2009

O código do amor

Hoje não consigo expressar-me sem fazer uso das palavras de alguém que escreve sobre as emoções de uma forma natural, o Professor Eduardo Sá diz assim:
“…As emoções são tão naturais como a sede, tenho-o repetido. “Falam” à solta no nosso corpo e à margem da vontade. Embaraçam-nos, muitas vezes, sempre que não sabemos o que fazer com elas.
As emoções são a consequência da sabedoria que a experiencia deixa guardada em cada um de nós. Vão sempre um pouco mais além da nossa capacidade de as compreender: são uma forma menos complicada, e mais atenta, de pensarmos…sem dar por isso.
As emoções são o grande semáforo da vida. O verde é a paixão; é de avançar. Surge quando menos o esperamos e, por vezes, nos lugares onde imaginávamos só haver stops, sentidos proibidos e caminhos sem prioridades. O amarelo é a intuição: tanto nos pressiona de esperança e nos faz apressar para a vida, como nos sinaliza o medo, quando nada o faria prever. O vermelho é o medo e a prudência e leva-nos a parar e a reflectir, até que outra cor nos leve a avançar.
As pessoas são os arquitectos das nossas emoções. Criam espaços, com luz, onde o nosso olhar se expande e onde crescemos…
Ser feliz para sempre não é o mesmo que ser sempre feliz. Ser feliz para sempre leva a que imaginemos que as pessoas que nos consideram o melhor do seu mundo jamais nos darão “ordem de despejo” ou se irão divorciar de nós, devagarinho e em silêncio…”

Tia Li...


Hoje, sem dúvida, é um dia feliz... tive arrepios e chegaram-me as lágrimas aos olhos!Depois de 8 anos de amizade intensa, depois de te ter visto crescer como pessoa, sorrir, chorar, estar triste e feliz, depois de ter partilhado contigo momentos de luta, finalmente vais ser mãe...Uma dádiva para quem tanto lutou, para quem tanto se esforçou, para quem nunca caiu mesmo no meio dum turbilhão de esforços para te derrubar.
Quem me diria que, ainda este ano, seria tia...a tia Li está cá para o que der e vier. A tia Li está cá para fazer jus às brincadeiras de Faculdade, em cada visita a tia Li tem um novo namorado...
Estou feliz por vós e mais, tenho a certeza absoluta que terás uma oportunidade, que não desperdiçarás, de educar com rectidão, valores, honestidade e sinceridade como sempre foram as tuas bandeiras e as linhas guias da nossa grande amizade...
Que nova e estranha esta emoção de ser tia, sem ter irmãos de sangue...
Parabéns Barbrinha e Hugo... "...Dividir é multiplicarmo-nos."


domingo, 5 de abril de 2009

A força das conveniências

Hoje a minha mente e mesmo o meu estado de espírito estiveram ocupados com questões que de tão difícil resposta se tornaram meta-questões. Estas ideias fermentam-se há já algum tempo mas só hoje tomaram a forma de dilemas e assim, só hoje, consigo transcrevê-las com sentido. Afinal aquilo que existe é real, tem raízes, fundamento e valor próprio ou não passa de um conjunto de circunstâncias que se reuniram?Ou seja, talvez não passem de mitos que por conveniências se transformaram em entidades próprias mas, de certo, nada disto era real se não estivessem reunidas à volta de um tempo e um local próprios um conjunto de "coisas". Estas "coisas" são estranhas e traduzem-se diariamente em pequenos detalhes pouco claros, pouco honestos, muito pouco saudáveis, ao ponto de momentos importantes passarem para segundo plano como se de umbigos gigantescos se tratassem. Ideias confusas... é por estas "coisas" existirem que não posso chamar as coisas pelos nomes e, assim, procuro artimanhas para traduzir emoções, sentimentos, sensações, amarguras e tristezas...Convém-me, tal como a vocês todos, chamar isto assim, de forma subtil e depois, sempre que seja necessário, falar, sentir mostrar outras coisas...é a força das conveniências!