sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Tempo?

Até parece que nunca uso relógio!Quem me conhece sabe que desde o meu primeiro flik flak verde com 10 anos que nunca mais larguei aquele que para muitos é um acessório, mas que para mim é um organizador diário do meu tempo. Uso relógio todos os dias e nunca saio de casa sem ele. Facto que me leva a colocar uma questão: porque estou sempre nos sítios na altura errada? Parece que o meu relógio apesar de marcar horas, minutos e segundos não me guia em nada. Chego, consecutivamente, fora do tempo. Ainda hei-de mudar de marca de relógio ou voltar à ampulheta a ver se ajuda. Mas talvez não seja esse o problema...quando descobrir a resposta volto e partilho. Até lá fico-me pela seguinte conclusão: o tempo não é meu aliado!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Fio condutor!

Nem sempre a minha vida tem um fio condutor linear e tradutor daquilo que é a minha essência como pessoa. Parece que perco o sentido daquilo que defendo e pretendo. É como se ficasse com a visão turva em momentos de miopia existencial. Perco por instantes, às vezes dias, a noção da realidade e transformo tudo em mais ou menos nada, sem sentido. De repente, dou-me conta que vivo, sem perceber os traços reais, os limites e as definições específicas de tudo o que me envolve, como se de uma miopia de mais de 3 dioprias se tratasse. Ao longe nada é claro e está envolto numa nuvem de poeira, ao perto é concreto, real, cheiroso, palpável, saboroso e audível. Pode até parecer que tudo isto acontece porque não sei o que quero, mas não é isso...Eu sei o que quero, só desconheço os cortornos da forma do que quero porque sou muito miope...
Poderá algum dia haver algo que ligue tudo aquilo que vejo e sinto que quero numa única forma? Espero que essa forma esteja ao alcance da minha deficiente visão...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Preciso...

Depois de uns longos meses sem pensamento crítico activo, as inquietações pessoais voltaram. Não cheguei, com certeza, a conclusões taxativas, nem tão pouco verdades absolutas, mas conclui algumas coisas....
Preciso:
- de pensar com frequência;
- de pessoas que gostem de mim;
- de me sentir realizada com o meu trabalho;
- de admitir que sou humana e preciso de ajuda;
- de perceber que não sou uma ilha;
- da família ao meu lado;
- dos meus pais com saúde;
- de conversas que me estimulem intelectualmente;
- de conhecer pessoas novas;
- de conhecer boas pessoas;
- de me libertar da espiral de crítica social;
- de fugir da maldade;
- de gritar quando estou zangada;
- de abraçar alguém;
- de sair desta ilha de vez em quando;
- de ver tv;
- de ler livros;
- de voltar a acreditar;
- de conduzir;
- de ouvir boa música;
- de limpar a casa;
- de pintar;
- de sorrir;
- de ver o mar;
- de pão;
- de sonhar;
- de ler o horóscopo;
- de livros;
- de massa;
- de internet;
- de amigos virtuais;
- de recordar o passado;
- de tatuagens;
- de dinheiro para pagar as contas;
- de um beijo de boa noite...
Com tudo isto preciso de muito mais do que pensava...fogo!O ser humano é complexo. Obrigada ao amigo M. que hoje me ouviu e questionou. Não sei se cheguei a alguma conclusão, mas pelo menos esteve ali, deu-me um beijo e fez-me rir...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A minha Lua partida!

Voltei para partilhar convosco uma história de um dia banal.
Era um dia de trabalho igual a tantos outros mas numa hora de almoço muito agradável ouvi uma mãe contar que a sua filha de 3 anos tinha passado a noite a chorar. Adivinhem porque chorava esta pequena...nem imaginam. Ela havia descoberto ao olhar para o céu que a Lua estava partida e isso deixou-a muito triste. É daquelas coisas que ouvimos e que de repente nos fazem pensar. Fogo, nunca havia pensado nisto! Cheguei à conclusão que choro por várias razões... alegria, tristeza, entusiasmo, raiva, mas nunca chorei porque olhei para a Lua partida. Passei alguns minutos a pensar nisto e de repente o Sol do meu dia brilhou mais. Era a ingenuidade de uma criança que me fazia sorrir.
Depois de algumas horas olhei para a Lua e percebi que a ingenuidade da criança que me fez sorrir, faz-me agora pensar e ficar triste. Afinal perdi ao longo da minha vida toda a inocência e ingenuidade que fazem das crianças seres tão puros e tão especiais capazes de só eles olharem a Lua e perceberem que está partida. Eu olho para ela e às vezes nem a vejo...olho o meu coração e não o vejo mas sei...sinto...que está mais partido do que a Lua da pequena de 3 anos.
Quero de volta a minha inocência...quero voltar a olhar o mundo como se tivesse 3 anos e uma vida inteira de Luas partidas para ver!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Mensagem de férias...

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos"....Charles Chaplin

sábado, 10 de julho de 2010

Insistências!

Corria o ano de 2009, a passos largos para o fim, quando numa surpresa algo mudou. Foi engraçada, entusiasmante, animada...numa palavra diferente!Tão diferentes!
As diferenças correram para o ano 2010 e na sua primeira noite, mesmo à meia-noite um pedido inesperado, mas bom. Apanhou-me de surpresa, como quem fica a saber que ganhou um prémio de forma inesperada. Um sorriso parvo marcou o momento, mas oito dias depois era bom demais para ser verdade. A nova notícia veio confirmar a suspeita construída ao longo dos anos. Nem só de momentos felizes vive o homem...ou melhor serão mais os tristes do que os felizes.
A partir desse dia nada foi o mesmo...
Um lutou numa guerra inglória, sabendo de ante-mão que estava perdida, mas não conseguindo nunca baixar as armas. O outro deixou os dias passarem por si à espera de sorrir sempre que a vida lhe proporcionasse esses momentos. Nunca conseguiu rir por si mesmo...
"Será que a guerra tinha um fim?"Perguntava-se o primeiro...enquanto o segundo pensava..."Quando a guerra terminar poderei respirar de alívio. Sei que não vou morrer nem nela, nem com ela, mas também não quero lutar a vida toda. Estes inimigos são invencíveis."
Como podem imaginar...a guerra acabou...um respira de alívio, o outro condena-se por ter entrado nela. Afinal de contas sabia que iria deixar-se vencer, mas não a evitou. Estamos em pleno Verão de 2010 e os dias sombrios, cinzentos e longos contemplam as janelas daquele que sozinho lambe as feridas de mais uma guerra. Quanto tempo demorarão a cicatrizar?Não faço ideia, mas sei que o corpo deste guerreiro está repleto de marcas e que nas próximas lutas a sua armadura será mais reforçada. Afinal não se sabe quando será a próxima. Teremos guerreiro ou teremos um pajem que já não acredita e que deixará as batalhas para os que hão-de vir?
O amanhã falará por si...enquanto que do ontem renasce arrependimento, mágoa, desilusão, feridas e descrédito.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Pintar a parede!

Voltei...
Não tenho tido disponibilidade mental para partilhar ideias, pensamentos, sentimentos ou mesmo os últimos acontecimentos da minha vida. Por acaso, reli hoje o último post e pensei: "se adivinhar desse dinheiro eu era rica, assim sou apenas parva".
Diz o povo: "Abril águas mil!", e eu afirmo é verdade sim senhor!
Para além disto, muitas coisas a fazer, muitas mudanças, muitas preocupações e até me esqueci de celebrar.
Pois é...a parede pintei de cor-de-laranja como se da cor de um tempo de estudante se tratasse. O resto vai aos poucos, com uma ansiedade e um nervosismo únicos apenas semelhantes aos dias dos exames da faculdade.
E aquele dia? Naquele dia os nervos eram tantos como no dia em que em frente a um júri defendi 32 páginas de um mini projecto de investigação, a tese de mestrado. O meu corpo reage em momentos de muito nervosismo apagando da memória tudo o que é dito, sentido, pensado...às vezes até feito! Afinal tive 19... é pena ter apagado tudo da minha memória. Do dia 20 de Julho de 2007 até começar a trabalhar foi um saltinho que espero também, neste caso, ser pequeno.
Voltando aos pensamentos iniciais, realmente pior que isto tinha sido impossível, mais difícil que isto também era complicado!´
Vive-se um lema que me acompanha na aventura pela ilha..."um dia de cada vez". Pergunto-me muitas vezes até que idade vou conseguir ou mesmo querer continuar a viver este lema. Para lá dos 27 anos caminho a passos largos para uma etapa em que é preciso pensar no futuro...será que viver um dia de cada vez é compatível com os meus projectos de realização pessoal e profissional?Não sei...começo a duvidar e as dúvidas põem-se num momento em que aquilo que escolhi para mim não me pode ou não quer me acompanhar nestes projectos.
Diz o povo, mas agora com uma adaptação minha: "vale mais só do que pouco acompanhada!"

sábado, 6 de março de 2010

Wrong answer!

Para mim sempre foi mais fácil estar emocionalmente sozinha do que gostar. Quando gosto há ideias que me martelam a cabeça com frequência, por exemplo "não é a pessoa certa". Afinal não são ideias mas sim uma ideia forte. Será que há a pessoa certa? Talvez não haja, mas a minha é sempre a mais errada de todas...pior seria impossível!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

She is the one but...

Queria poder partilhar boas notícias com vocês. Poder até posso, mas aqui sempre partilho dúvidas, inquietações, dificuldades, medos, tristezas, etc.
Se calhar engano-vos bastante. Se apenas lerem os meus posts vão ficar com a ideia que ando sempre em baixo e que a minha vida não corre bem. Para que tal não aconteça, liguem-me e perguntem como estou.
Podem assim perceber que o meu lado negro escreve-se sozinho como se de um monstro se tratasse e que se apodera dos meus dedos. Mas há também um lado muito cor-de-rosa na minha vida. Esse Eu, e desculpem-me por isso, partilho pessoalmente no dia-a-dia com quem me cruzo...Sim, é verdade...a escrita é um refúgio para mim. Também o é a pintura, o cinema, a leitura, as artes em geral. No quotidiano não me consigo refugiar. Apresento-me aos outros tal qual como sou: teimosa, contestatária, orgulhosa, reivindicativa, extrovertida, brincalhona, boa ouvinte, falsamente independente, subtilmente meiga, sinceramente simpática, prática, simples e genuinamente sincera.
Tenho boas notícias...tenho coisas novas a acontecerem na minha vida. Estou entusiasmada e feliz. O amanhã tem um mas...mas pronto, logo se vê.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O belo também pode ser monstro...

A história passa-se numa cidade de uma ilha portuguesa, no início do século XXI, onde vive uma jovem que foge da rotina de sua vida buscando emoções fortes, aventuras e novos desafios. Um dia, esta jovem pensou: … tenho o meu coração quase tão gelado quanto um iceberg. Isto não faz muito sentido. Para ser feliz tenho que o deixar derreter…

Com o passar do tempo e com muito esforço, o iceberg derrete, mas são tantos os males que entram no seu coração que a jovem começa a ser cruel, má e para além de gelada, também insensível. Afinal por detrás de uma aparência séria e indefesa, esconde-se o coração e a alma de uma jovem zangada, desiludida, desapontada e incrédula em relação ao ser humano.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Confusions on the dance floor!

O amor, para ocorrer, não importando os níveis: se social, afectivo, paternal ou maternal, fraternal - que é o amor entre irmãos e companheiros - deve obrigatoriamente ser permitido. O que significa ser amor permitido? Bem, de facto quase nunca se pensa sobre isso porque passa tão despercebido que atribui-se a um comportamento natural do ser humano ou de outros seres vivos. Mas não, a permissão aqui referida toma-se por base um sentimento de reciprocidade capaz de dar início e alargar as relações de afectividade entre duas ou mais pessoas ou seres que estão em contacto e que por ventura vêm a nutrir um sentimento de afeição ou amor entre si.

A permissão ocorre em um nível de aceitação natural, mental ou físico, no qual o ser dá abertura ao outro sem que sejam necessárias quaisquer obrigações ou atitudes desmeritórias ou confusas de nenhuma das partes. A liberdade de amar, quando o sentimento preenche de alguma forma a alma e o corpo e não somente por alguns minutos, dias ou meses, mas por muitos anos, quiçá eternamente enquanto dure e mais nas lembranças e memórias.

O amor pode ser entendido de diferentes formas, e tomado por certo conquanto é um sentimento, dessa forma é abstracto, sem forma, sem cor, sem tamanho ou textura. Mas é por si só: O sentimento em excelência; o que quer dizer que é o sentimento primário e inicial de todo e cada ser humano, animal ou qualquer outro ser dotado de sentimentos e capacidade de raciocínio natural.

Todos carecem de amor e querem reconhecer esse sentimento em si e nos outros, não importando idade ou sexo. O amor é vital para nossas vidas como o ar, e é notoriamente reconhecido que sem amor a criatura não sobrevive conquanto o amor equilibra e traz a paz de espírito quando é necessário.

Susan Hendrick e Clyde Hendrick desenvolveram uma Escala de Atitudes Amorosas baseados na teoria de Alan John Lee, teoria chamada Estilos de amor. Lee identificou seis tipos básicos em sua teoria. Nestes tipos as pessoas usam em suas relações interpessoais:

  • Eros (amor) - um amor apaixonado fundamentado e baseado na aparência física
  • Psiquê - um amor "espiritual", baseado na mente e nos sentimentos eternos
  • Ludus - o amor que é jogado como um jogo; amor brincalhão
  • Storge - um amor afectuoso que se desenvolve lentamente, com base em similaridade
  • Pragma - pragmática amor, amor que visualiza apenas o momento e a necessidade temporária, do agora.
  • Mania - amor altamente emocional; instável; o estereótipo de amor romântico
  • Agape - amor altruísta; espiritual

Depois desta leitura fiz uma análise à minha vida e percebi que sinto os 3 primeiros tipos mas infelizmente cada qual de uma forma isolada.