domingo, 21 de fevereiro de 2010

She is the one but...

Queria poder partilhar boas notícias com vocês. Poder até posso, mas aqui sempre partilho dúvidas, inquietações, dificuldades, medos, tristezas, etc.
Se calhar engano-vos bastante. Se apenas lerem os meus posts vão ficar com a ideia que ando sempre em baixo e que a minha vida não corre bem. Para que tal não aconteça, liguem-me e perguntem como estou.
Podem assim perceber que o meu lado negro escreve-se sozinho como se de um monstro se tratasse e que se apodera dos meus dedos. Mas há também um lado muito cor-de-rosa na minha vida. Esse Eu, e desculpem-me por isso, partilho pessoalmente no dia-a-dia com quem me cruzo...Sim, é verdade...a escrita é um refúgio para mim. Também o é a pintura, o cinema, a leitura, as artes em geral. No quotidiano não me consigo refugiar. Apresento-me aos outros tal qual como sou: teimosa, contestatária, orgulhosa, reivindicativa, extrovertida, brincalhona, boa ouvinte, falsamente independente, subtilmente meiga, sinceramente simpática, prática, simples e genuinamente sincera.
Tenho boas notícias...tenho coisas novas a acontecerem na minha vida. Estou entusiasmada e feliz. O amanhã tem um mas...mas pronto, logo se vê.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ao longo da minha vida, fruto da minha profissão, tenho lidado com centenas de pessoas, arrisco mesmo a dizer, milhares de pessoas e algumas dezenas de equipamentos. Tenho igualmente tido oportunidade de assistir a belos momentos que a mãe natureza me tem dado o privilégio de assistir nos diversos locais por onde tenho passado.
O que é que isto tem em comum? Tudo e nada. Eu explico.
Se olharmos para alguns equipamentos, AIS, radares, GPS, telemóveis, motores, etc., ou para alguns animais, todos eles têm um "princípio de funcionamento" que, independentemente da versão (no caso de equipamentos) ou do tipo de animais ou plantas é comum. Um motor a diesel, por muito avançado tecnologicamente que seja, mantém o seu principio de funcionamento, desde que foi inventado até aos dias de hoje. O mesmo se passa, por exemplo, com um radar ... emite e recebe a energia electromagnética e, com base no tempo decorrido entre a emissão e a recepção, calcula a distância. A orientação é dada pela direcção da transmissão/recepção.
Quanto aos animais, ditos irracionais, o seu "princípio de funcionamento" é o da sobrevivência, da manutenção de um território e assegurar a reprodução para garantir a manutenção da espécie.
E nós? Aqueles que nos dizemos seres racionais ... não há dois iguais ... não há um "princípio de funcionamento" comum que preveja a nossa forma de "funcionar". Reagimos às mesmas situações, humor, trabalho, amor, amizade, nascimento, morte (e tudo o mais que se lembrarem) de formas completamente diferentes. Seremos de facto tão racionais como afirmamos?
Fazemos diariamente um complexo jogo mental para gerir a mais ínfima decisão no nosso quotidiano, a tal ponto que, muitas vezes, deixamos passar ao lado coisas tão simples e belas como o esvoaçar de uma borboleta, o sorriso de uma criança, um carinho, um beijo ...
Talvez seja por tudo isso que no meu dia-a-dia tento (repare-se na manifesta intenção) aproveitar ao máximo o que o destino (uiii ... o destino será, eventualmente, merecedor de outro comentário) ... o que o palco da vida me proporciona ... no fundo, tal qual velejador sem rumo nem destino, vou navegando ao sabor do vento e aproveitando o que a natureza (sentido lato) me permite usufruir. Claro que ás vezes as tempestades me levam para onde não pretendo e repenso tudo de novo ... mas no fundo, continuo a deixar-me levar pelo vento.
Valerá a pena pensar nisto ... aqueles que lerem que o digam.
Carpe diem ... Sieze de day!!!